
Ronildo Otávio de Oliveira, conhecido por Rui Almeida, nasceu em 15 de fevereiro de 1930 em Campo Grande, Itabaiana, filho de Odilon Otávio de Oliveira e Anália Félix de Oliveira. Do pai herdou a arte de criar peças de chapéu de couro, gibão, selas para cavalos, bolsas, cintos e outros assessórios. É considerado o maior artesão coureiro de Itabaiana, cidade que foi, por sua vez, o mais importante centro coureiro da Paraíba, com sua feira de gado, seu curtume e sua indústria de artefatos de couro em plena efervescência desde o começo do século vinte até os anos 1970.
Primo legítimo do mestre Sivuca, Rui Almeida foi vereador durante os governos dos prefeitos Hugo Saraiva e Everaldo Pimentel, de 1964 a 1969. Grande folião, foi fundador da União dos Artistas e Operários de Itabaiana, sócio do histórico Clube Carnavalesco Taiobas e incentivador do carnaval tradição. Como seleiro, foi mestre dos maiores artesãos do couro, citando Neco Minervino, Tonzinho, Pedro Nicássio, seu primo Clóvis Almeida e Daciano Alves de Lima, cunhado do poeta Zé da Luz.
Rui Almeida, como artesão do couro, é um autodidata que cria suas próprias peças. Nos anos 1970, iniciou a fabricação de bolsas, por falta de mercado para a selaria. Suas bolsas eram vendidas no Mercado de São José, no Recife, e de lá para o mundo. O artista agrega valor às suas peças com originalidade e bom acabamento, caindo no gosto dos turistas estrangeiros, atraídos pelo estilo, qualidade e exclusividade.
(Do livro ARTISTAS DE ITABAIANA, de Fábio Mozart)
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