A Organização das Nações Unidas (ONU) exigiu nesta quarta-feira do
governo brasileiro ações imediatas para a restauração da ordem no
Complexo Penintenciário de Pedrinhas, no Maranhão, e a pronta
instauração de uma investigação, “imparcial e efetiva” sobre a violência
e mortes ocorridas no presídio, inclusive com cenas de decapitação de
presos, e a punição dos responsáveis. O Alto Comissariado da ONU para os
Direitos Humanos lamentou “ter de mais uma vez expressar sua
preocupação com a terrível situação das prisões no Brasil”, por meio de um comunicado,
que pede providências para reduzir a superlotação carcerária no país e
oferecer “condições dignas para aqueles privados de liberdade”.
“Estamos
incomodados em saber das conclusões do recente relatório do Conselho
Nacional de Justiça, revelando que 59 detentos foram mortos em 2013 no
Complexo Penitenciário de Pedrinhas, assim como as últimas imagens de
violência explícita entre os presos”, diz o Alto Comissariado da ONU ao
exigir que sejam “tomadas medidas apropridas para a “implementação
urgente do Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura sancionado
no ano passado”, e que foi regulamentado pela presidente Dilma Rousseff
há dois dias.
Anistia Internacional também cobra atitude das autoridades
Ontem, a Anistia Internacional, em nota à imprensa,
disse que “vê com grande preocupação a escalada da violência e a falta
de soluções concretas para os problemas do sistema penitenciário do
estado do Maranhão”. O texto lembra que desde 2007, mais de 150 pessoas
foram mortas em presídios do estado, 60 somente no ano passado.
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