A Paraíba espera que a audiência pública hoje, na sede da OAB, cumpra seu papel precípuo e não se transforme numa queda de braço eleitoral em que a oposição use o espaço com
o objetivo de desgastar a imagem do governador e o governo se exima da
responsabilidade trocando explicações por acusações a antecessores.
Que se debata com espírito público as contas de
2011 da atual gestão. O que passar disso é pura mesquinharia política
às portas de uma eleição. Para mostrar exemplo, a oposição não pode
fazer da discussão um palanque. A ela está reservado constitucionalmente
o legítimo e inquestionável papel da fiscalização.
Ao governo também cabe a total transparência nas respostas a eventuais itens obscuros apontados pelos parlamentares. Responder ponto a ponto
com argumentos plausíveis é mais do que demonstrar preparo para o
embate. É, antes de tudo, obrigação e sinônimo de respeito ao patrão
maior da administração, o contribuinte.
Apesar dessa torcida, o que se prenuncia é um embate eminentemente
político. De um lado, a oposição usando o confronto para “sangrar” o
governador Ricardo Coutinho em ano de eleição e o governo aproveitando o
gancho para sair do conflito como vítima de uma “orquestração” contra
seu líder.
A priori, a operação deflagrada desde a volta do período legislativo
pela oposição “vitimiza” o governador porque, pela condução dada até
agora através dos seus expoentes, exala o perfume da retaliação a um gestor tido e havido como pouco afeito à relação minimamente harmoniosa com o Parlamento.
A oposição apagará essa impressão no instante em que trouxer à tona provas de desvio ético e corrupção. Na cabeça do povo, é o que tem força para reprovação; de contas e de condutas.
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