Amanhã, 13, João Pessoa sediará o III Seminário sobre federalização de
crimes contra direitos humanos – o júri do caso Manoel Mattos. Um dos
temas do seminário, 'O júri na Justiça Federal e a atuação do Ministério
Público Federal', será apresentado pelo procurador da República José
Guilherme Ferraz da Costa.
O evento é promovido pela Comissão Especial Manoel Mattos do Conselho de
Defesa de Direitos da Pessoa Humana, com início a partir das 18h30, na
Faculdade de Direito, na Praça João Pessoa, s/n, Centro da Capital e é
aberto ao público em geral.
Página para confirmar presença no seminário: https://www.facebook.com/events/382592998540294/?fref=ts
O seminário terá uma mesa redonda sobre os temas ‘Aspectos
internacionais acerca do caso Manoel Mattos; O Incidente de Deslocamento
de Competência nº 2; O júri na Justiça Federal e a atuação do
Ministério Público Federal; Manoel Mattos: memória e luta na promoção e
defesa dos direitos humanos; Repercussão do caso Manoel Mattos e o júri;
Defensores de direitos humanos na Paraíba.’
Participarão da mesa redonda o pesquisador Rafael Dias, da ONG Justiça
Global; a procuradora de Justiça de Goiás e representante do CDDPH,
Ivana Farina Navarrete Pena; o procurador da República e professor da
UFPB José Guilherme Ferraz da Costa; a mãe do advogado assassinado
Manoel Mattos, Nair Ávila, um representante da Dignitatis – Assessoria
Técnica Popular e a professora doutora Maria de Nazaré Tavares Zenaide,
coordenadora do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da UFPB (NCDH).
O seminário conta com o apoio do Centro de Referência em Direitos
Humanos da UFPB (CRDH/UFPB), Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República (SDH/PR), Centro de Ciências Jurídicas
(CCJ/UFPB), Departamento de Ciências Jurídicas (DCJ/UFPB), Dignitatis -
Assessoria Técnica Popular, Justiça Global, Núcleo de Cidadania e
Direitos Humanos (NCDH/UFPB), Rede Nacional de Advogadas e Advogados
Populares, JusDh - Articulação Justiça e Direitos Humanos. O evento
ainda tem a parceria do Comitê Estadual de Prevenção e Combate à
Tortura.
Julgamento - Na próxima segunda-feira (18), cinco réus acusados da morte
do advogado Manoel Mattos serão julgados pelo Tribunal do Júri na
Justiça Federal da Paraíba. Mattos foi morto por pistoleiros, em janeiro
de 2009, em Pitimbu, litoral sul da Paraíba.
Ele atuava no enfrentamento dos grupos de extermínio que agem na divisa
da Paraíba e Pernambuco. A ação desses grupos foi tratada em Comissão
Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados em 2005, que recomendou
várias medidas específicas.
Mesmo assim, o Estado não tomou providências quanto à repressão e investigação dos crimes, resultando na morte do advogado.
Em 27 de outubro de 2010, o Superior Tribunal de Justiça acolheu o
pedido da Procuradoria Geral da República de federalização do processo
sobre a morte de Manoel Mattos. Com isso, o caso foi retirado da Justiça
Estadual e transferido para a Justiça Federal da Paraíba.
Este foi o primeiro pedido de federalização aceito pelo Superior
Tribunal de Justiça. Em 4 de dezembro de 2012, o processo foi incluído
no Programa Justiça Plena, com a tramitação sendo acompanhada mais de
perto pela Corregedoria Nacional de Justiça. Este foi o primeiro e, até
agora, único caso de federalização concedido pelo STJ.
Nenhum comentário:
Postar um comentário