PF rebate Campos, nega motivação política no caso Ideia Digital na PB/PE e diz que instituição trabalha para prender bandidos

O superintendente regional da Polícia Federal em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, rechaçou as declarações emitidas pelo governador Eduardo Campos (PSB), que na segunda-feira (22) apontou “motivação política” na investigação sobre os convênios celebrados entre a empresa Ideia Digital e as administrações do PSB em Pernambuco e na Paraíba.“Nós não temos interesse em entrar na seara política. A PF investiga fatos. Se tem indícios, nossa obrigação é apurar e produzir o melhor inquérito possível para que a justiça possa ser feita. Nós não ficamos prestando atenção em questões políticas e, sim, em executar o nosso trabalho que é prender bandidos”, asseverou o superintendente.Marcello Diniz Cordeiro tem uma voz grave e trata o interlocutor com a formalidade característica dos policiais. Educado e cuidadoso com as palavras, ele assumiu o cargo em Pernambuco no início do mês passado. Veio ao Estado depois de desempenhar por dois anos a função de superintendente na Paraíba.Partindo em defesa do colega responsável pela investigação, “um delegado respeitado e de grande conhecimento”, que chamou apenas de “Felipe”, o superintendente Cordeiro rechaçou qualquer ingerência política no órgão, em resposta direta às insinuações levantadas na última segunda-feira pelo governador.“A investigação veio para Pernambuco porque ficou comprovado que existe uma sede da empresa aqui. Não trabalhamos de forma leviana e nem politizada. Somos a favor da aplicação da lei. Nós conseguimos provas contundentes e elas estão em poder da Justiça”, rebateu Cordeiro.Uma cópia do inquérito formatado como resultado da investigação foi entregue a instituições como Ministério Público (de Pernambuco e da Paraíba), Tribunal de Contas da União, Tribunal Regional Federal (com recomendação de repasse ao Superior Tribunal de Justiça) e ao Supremo Tribunal Federal, uma vez que entre as partes citadas existem pessoas com foro privilegiado. “Se A ou B é político e está citado no inquérito não é uma questão política e sim criminal”, concluiu.
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