31 de maio de 2013

Governo publica decreto que mantém desconto na tarifa de luz


Governo publica decreto que mantém desconto na tarifa de luzO governo publicou em edição extra do "Diário Oficial da União", na quarta-feira (29), o decreto que garante os descontos na tarifa de energia elétrica, que foram anunciados em setembro do ano passado pela presidente Dilma Rousseff. A edição do decreto foi a maneira encontrada pelo governo para manter os descontos previstos na medida provisória 605, que não foi votada pelo Senado e perde a validade no dia 3 de junho.

No início da semana, a MP que garantia os descontos foi aprovada na Câmara, mas o Senado não votou o texto. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que os senadores não vão mais analisar matérias que cheguem ao Senado menos de 7 dias antes de perderem a validade, como era o caso da MP 605.

A estratégia do governo para substituir a medida provisória foi incluir os dispositivos dela em outra MP que tramita no Congresso, a 609, que trata da cesta básica.
Enquanto a nova MP não é aprovada, o decreto serviria para manter os descontos.Em entrevista na quarta, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, explicou que o decreto presidencial possibilitará à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizar à Eletrobras o uso dos recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para que sejam enviados às distribuidoras de energia elétrica.
O adiantamento envolverá um total de R$ 2,8 bilhões, segundo ele, e também contemplará repasses que usinas térmicas teriam a receber entre junho e dezembro deste ano.Com o adiantamento dos repasses, o governo garante a manutenção dos descontos na energia elétrica até que outra medida provisória que contemple o tema seja aprovada.
Desconto na conta de luz
A redução das tarifas de energia elétrica foi anunciada em setembro do ano passado pela presidente Dilma Rousseff. Após o anúncio, a lei 12.783, que renovou as concessões do setor de energia e permitiu o barateamento da conta de luz dos brasileiros foi sancionada em janeiro.Para os consumidores residenciais, a conta de luz caiu, em média, 18%.
E para a indústria, agricultura, comércio e setor de serviços o desconto alcançou até 32%.Para bancar a queda no custo da conta de luz, o governo deve gastar R$ 19 bilhões em indenizações às empresas do setor elétrico e mais R$ 3 bilhões por ano para o fundo criado para compensar as reduções de encargos.
Ao anunciar a queda das tarifas, o governo ofereceu a todas as transmissoras e distribuidoras de energia elétrica brasileiras que tinham contratos vencendo até 2017 a possibilidade de renovarem as concessões antecipadamente. Em contrapartida, impôs novas condições, pagando menos pelos serviços.
A renegociação desses contratos era indispensável para o Executivo conseguir baixar as tarifas para os consumidores. Porém, algumas empresas, especialmente aquelas sediadas em estados administrados por partidos que fazem oposição ao governo federal, se recusaram a acatar as condições do Palácio do Planalto.
Para viabilizar os descontos de energia elétrica, Dilma decidiu publicar a medida provisória que garantiu recursos para compensar a diferença financeira gerada no momento em que parte das concessionárias não aceitou prorrogar os contratos em troca de uma menor remuneração.

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