
Abelardo de Araújo Jurema nasceu no dia 15 de fevereiro de 1914, em Itabaiana (PB), filho de Geminiano Jurema Filho e de Amália de Araújo Jurema. Matriculou-se em 1933 na Faculdade de Direito de Recife. Sua formatura coincidiu com o advento do Estado Novo (10/11/1937) e nessa nova conjuntura foi nomeado prefeito de Itabaiana, sua cidade natal, cargo no qual permaneceu até janeiro de 1938. Prefeito nomeado de João Pessoa em 1946 e 1947, em outubro de 1950 foi eleito, pela Paraíba, suplente do senador Rui Carneiro, vindo a exercer o mandato entre outubro de 1953 e março de de 1954 e entre junho e setembro de 1957. Entre 1957 e 1958 foi secretário do Interior e Justiça da Paraíba. Eleito em outubro de 1958 deputado federal na legenda do Partido Social Democrático (PSD) assumiu a cadeira em fevereiro do ano seguinte. Em 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciou à presidência da República. A renúncia abriu uma grave crise, pois a posse do vice-presidente João Goulart foi vetada pelos ministros militares. Somente no dia 7 de setembro Goulart foi empossado na presidência, depois de o Congresso ter aprovado a Emenda Constitucional nº 4, que transformava em parlamentarista o regime de governo. Em janeiro de 1963 um plebiscito nacional decidiu pelo retorno ao presidencialismo. Reeleito deputado federal pela Paraíba em outubro de 1962, Abelardo Jurema licenciou-se do mandato em junho de 1963 para assumir a pasta da Justiça do governo Goulart. Duas de suas iniciativas tiveram grande repercussão: a criação do Comissariado de Defesa da Economia Popular, órgão fiscalizador dos preços dos gêneros alimentícios, e o congelamento do preço dos aluguéis.
Em 10 de abril foi cassado e teve os direitos políticos suspensos com base no Ato Institucional nº 1. Em seguida, partiu para o exílio no Peru. Jurema voltou ao Brasil em 1974. Beneficiado pela aprovação da anistia em agosto de 1979, filiou-se, após a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a conseqüente reformulação partidária, ao Partido Democrático Social (PDS), agremiação de apoio ao regime militar. Foi ainda diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, entre 1983 e 1985, e do Instituto do Açúcar e do Álcool, entre 1985 e 1988. Casou-se com Maria Evanise Jurema, com quem teve sete filho
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